Sindicato rebate ilegalidade da greve

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?Eleição é eleição e sindicato é sindicato?, esta foi a declaração do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Maranhão (Sindspen), César Bombeiro, sobre a afirmação de irregularidades na greve dos policiais civis. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os grevistas não comunicaram a paralisação e poderão ter o ponto cortado.

?Todo ano é assim. Eles ameaçam o corte dos pontos, mas a greve só é suspensa depois que fazemos acordo. E sempre pedimos a suspensão do corte e que ninguém responda a processo. Nós votamos em Raimundo Cutrim e na governadora a pedido dele. Mas, eleição é eleição e sindicato é sindicato?, reafirma César.

Ele explicou que o comunicado de greve foi protocolado na própria Secretaria de Segurança Pública e na sede do Governo do Estado. O documento foi entregue na quinta-feira passada (27.08), o que cumpriria o prazo de 72 horas de antecedência, segundo o presidente do Sindspen.

Em contato com a Secretaria de Segurança, a reportagem foi informada pela assessoria do órgão que o documento entregue pela categoria falava apenas sobre a possibilidade de greve. O que, no entendimento da secretaria, não configura comunicado de greve. O órgão informou que a legalidade da paralisação será analisada pelo setor jurídico, assim que receberem tal comunicado.

Corte de ponto

Em entrevista a uma rádio da capital, o secretário Raimundo Cutrim disse que cortaria o ponto dos grevistas, tanto dos agentes penitenciários quanto dos policiais civis. Ele informou inclusive que poderia haver demissões de policiais em estado probatório, em exercício a menos de três anos, e abertura de procedimento administrativo contra os demais.

A assessoria negou que os pontos sejam cortados de imediato. O órgão afirmou que a medida será executada apenas se o movimento for considerado ilegal. A Secretaria explicou também que este é apenas um dos procedimentos que podem ser tomados. Outra providência seria encaminhamento ao Tribunal de Justiça solicitando o retorno imediato dos policiais ao trabalho.

Nesta quinta-feira, o secretário Raimundo Cutrim tem uma reunião marcada com a governadora Roseana Sarney para discutir as reivindicações dos policiais.

Delegados

Os delegados de polícia ainda tentam negociações com o governo. Os profissionais marcaram para a quinta e sexta-feira da outra semana uma nova paralisação. A categoria afirma que tenta de todas as maneiras evitar a greve para não acentuar os problemas com a segurança no estado, mas se as negociações não avançarem poderá ser o único recurso.

?Estamos tentando contato com os chefes de governo. Tentaremos uma contra-proposta sobre o percentual que o Governo insiste em apresentar. Queremos que exista negociação. Se eles não podem pagar mais de 12% sobre os subsídios agora, que apresentem um percentual agora e outro mais a frente?, conta o presidente da Adepol, delegado Marcos Affonso Júnior.

Fonte: Jornal O Imparcial (Maranhão)
Disponível no site do Sindspem-MA
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