Presidente da Amapergs contesta número de vagas anunciado por Yeda e diz que sistema prisional gaúcho precisa é de novas instituições.
Porto Alegre (RS) – A Secretaria Estadual de Segurança Pública estima que em noventa dias iniciem a construção das 7.220 vagas para o sistema prisional gaúcho. No entanto, o déficit de vagas é superior a 10 mil. Ao todo, são mais de 21 presídios semi-interditados e outros dois fechados por problemas na estrutura ou de superlotação.
O presidente da Associação dos Agentes, Monitores e Auxiliares dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs-Sindicato), Luiz Fernando Rocha, alerta que novas vagas devem ser obtidas com a construção de presídios e não apenas ocupar espaços já existentes. Ele concorda com o juiz responsável pela fiscalização de presídios na Região Metropolitana, Sidinei Brzuska, que questionou as 1727 mil novas vagas que teriam sido criadas pelo governo Yeda.
?O Juiz tem razão quando diz que vagas novas são aquelas quando os prédios são erguidos. Essas são criação de vagas. Isso se considera criar vagas. Agora aqueles locais que se adaptaram, que desmancharam uma sala de aula ou que desmancharam um espaço de atendimento técnico para o preso, botando lá colchões só para dizer que isso foi criado mais vagas e entupindo o presídio. Isso para nós não é criação de vagas?, enfatiza
Atualmente, o estado gaúcho possui um total de noventa e nove presídios e em todos, enfatiza Rocha, evidenciam-se aspectos que impossibilitam o bom funcionamento. Mesmo com as ações de força tarefa realizadas pelo estado, como os decretos de emergência, pouco tem se resolvido efetivamente.
?Já foi decretado estado de emergência nos presídios, a governadora já fez uma força tarefa, mas parece que as coisas não tem andado?. Essas condições de as coisas não terem andado angustia o próprio servidor. A sorte hoje é que o judiciário resolveu cumprir o seu papel que é o de cobrar do estado. Porque se o estado fizer o seu papel e investir, isso vai ser melhor para o judiciário, vai ser melhor para a população gaúcha e melhor para os servidores que estão trabalhando lá dentro?, diz
Representantes da Amapergs também estiveram em Brasília onde participaram de reunião com todos os sindicatos de servidores penitenciários do Brasil, juntamente com o Ministério da Justiça, senadores e deputados federais. Dentre as reivindicações em pauta, a principal delas foi a projeto de emenda constitucional que reivindica a padronização do serviço penitenciário em todo o Brasil.
Fonte: AN Chasque
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