Sistema prisional tem novo diretor

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Com a experiência de 20 anos na área, o novo diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Nilson Júlio da Silva, sabe bem onde está pisando. Depois da coletiva de apresentação, ontem à tarde, ele declarou que o sistema carcerário catarinense é uma bomba que ninguém quer assumir. Disse também que a superlotação é o maior problema. Existem 8 mil vagas, mas o Estado abriga 12,9 mil detentos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sintespe), Mário Antônio da Silva, assinou embaixo. Afirmou que o governo estadual trata o setor de forma ?vergonhosa?. Ele reforçou as denúncias feitas pelo ex-diretor do Deap, Hudson Queiroz, exonerado quarta-feira, de que a instituição não tem orçamento. Dados da Diretoria de Planejamento e Coordenação revelam que, em 2008, foram repassados R$ 80 milhões à Secretaria de Justiça e Cidadania.

Membro da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB, Lídio Moisés da Cruz citou outro problema: a falta de preparo dos agentes prisionais. Declarou que falta à categoria bagagem teórica e psicológica para lidar com cadeias superlotadas. A crise na segurança pública catarinense ganhou força essa semana, quando veio à tona um vídeo que mostra tortura de presos na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. O delegado Renato Hendges, que investiga o caso, acusa Queiroz de participar ou, no mínimo, não impedir as agressões.

Fonte: Jornal de Santa Catarina
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