Inicio Geral Técnicos penitenciários protestam por nomeações pendentes

Técnicos penitenciários protestam por nomeações pendentes

0

Os técnicos penitenciários, que estiveram em greve por 15 dias em dezembro último, voltaram a protestar na manhã desta terça-feira (19/1). Cerca de 50 pessoas estiveram em frente ao Pátio Brasil entre 8h30 e 11h com faixas.

Desta vez a categoria não pretende paralisar as atividades, mas pedir a nomeação dos aprovados no concurso realizado em 2008. Dos 1667 aprovados, 657 ainda não assumiram os cargos e estão sem emprego desde dezembro de 2008.

Como explica um dos organizadores do movimento ? também aprovado e não convocado a assumir o cargo ? Willian Santos, de 37 anos, após a finalização do processo seletivo, que teve inclusive teste de aptidão física, foi realizado um curso de formação com os aprovados em todas as etapas, em dezembro de 2008. ?O curso era de 8h às 23h. Quem tinha emprego teve que largar?.

Santos trabalhava como auxiliar administrativo e ganhava em torno de R$ 1,3 mil por mês. O salário era somado ao da esposa, que é empregada doméstica, mas que hoje, tenta sustentar sozinha o marido e os dois filhos, um de 10 e outros de 14 anos. ?A gente mora em Samambaia, de aluguel, mas alguns estão atrasados. Estamos vivendo de ajuda?.

O mesmo drama é vivenciado por Diego Rosa Pera, de 26 anos. Formado em processamento de dados, trabalhava como técnico de informática quando decidiu abrir mão do salário de R$ 3 mil pela segurança do serviço público. Mas destaca a dificuldade em conseguir um novo emprego. ?Todos nós deixamos os antigos trabalhos para fazer o curso de formação. Agora, quando vou tentar arrumar outro, não consigo porque as pessoas pesquisam o nome e veem que fui aprovado em um concurso?.

Indignação

Willian Santos destaca que, cerca de 400 pessoas estão desviadas de função ? entre elas, bombeiros, policiais militares, e servidores administrativos ? e fazem o trabalho de técnicos penitenciários nos presídios do Distrito Federal. A indignação dos concursados é notável. Segundo eles, o governo assinou um cronograma em junho de 2009 em que se compromete a convocar 150 técnicos a cada 45 dias. No entanto, em agosto as nomeações estagnaram.

Para Tiago Ferreira, de 30 anos, que hoje sobrevive de trabalhos temporários, a situação já chegou no limite. A categoria pretende entrar com uma ação na justiça para cobrar as nomeações pendentes. ?Vamos esperar no máximo mais 15 dias. Já passamos o ano passado todo negociando e acredtando em promessas?.

Reclamações

Os concursados destaca, ainda, as péssimas condições de trabalho e a má remuneração. Diego Pera ressalta que, dos 1011 técnicos penitenciários já convocados, apenas 770 permanecem no cargo. ?O restante pediu exoneração. Com a greve do fim do ano o salário passou de R$ 1.609 para R$ 2.200. Mas temos o mesmo curso e as mesmas atribuições dos agentes penitenciários federais. Então queremos uma equiparação de salários?. Os agentes federais ganham R$ 4.500.

Fonte: Correio Braziliense
__________________
IMPRENSA SINDASP-SP
imprensa@sindasp.org.br

Sem comentários

DEIXE UM COMENTÁRIO

Digite seu comentário!
Informe seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile