Vigilantes de carro-forte poderão ser autorizados a trabalhar com armas que tenham maior poder de fogo. É o que diz o projeto de lei (8929/17) do deputado Capitão Fábio Abreu, do PR do Piauí.
Atualmente, os vigilantes só podem utilizar armas de calibre 38, que são os revólveres e pistolas, ou então carabinas de calibre 12, todas de fabricação nacional.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Transporte de Valores, Ruben Schechter, os equipamentos atuais já não são efetivos para repelir a ação criminosa.
"Atualmente o que a gente observa é que os criminosos eles têm acesso a grande quantidade de explosivos, que são utilizados de forma invariável no assalto a carros-fortes, como também armas de grosso calibre. Então os assaltos a carro-forte atualmente utilizam, os criminosos utilizam fuzis e às vezes até metralhadora ponto 50 de uso exclusivo militar. Em função disso esse tipo de armamento utilizado pelos vigilantes, calibre 38 e calibre 12, e escopetas deixou de ser efetivo para repelir a ação criminosa".
Conforme o texto aprovado pela comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, o uso das armas pelos vigilantes exigirá treinamento e aprovação prévios em cursos específicos, reconhecidos e autorizados por órgãos oficiais de fiscalização e controle.
Para Ruben Schechter, o treinamento para o uso de armamento mais pesado é muito importante. Ele reitera que, hoje, os vigilantes passam por cursos de formação e recebem anualmente uma reciclagem para suprir dúvidas em relação ao uso das armas.
"Com a adoção de novas armas haverá, sem dúvida nenhuma, a necessidade de um treinamento mais intenso, mais específico e a aprovação de outro tipo de curso para poder viabilizar e franquear o acesso de alguns vigilantes à utilização desse tipo de armamento".
O armamento mais pesado que pode ser autorizado não deve ter calibre superior a 7,62 milímetros. Os equipamentos serão de propriedade e responsabilidade das empresas de segurança e deverão ser recolhidos ao fim da jornada de trabalho.
O projeto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.
Fonte: Agência Câmara