O ASP disse que foi abrindo os cadeados das portas do raio e, ao passar pela cela seis, o detento jogou café quente em direção a seu rosto. Com agilidade o agente penitenciário conseguiu se desviar, mas ainda assim foi atingido nas costas, sem maiores danos.
“O detento tentou partir para cima e me agredir, mas a porta ainda estiva trancada. Ele começou a xingar, seu objetivo era me agredir fisicamente”, disse o ASP.
Após a tentativa de agressão o raio foi trancado e não houve visitas. Nos outros raios as visitas ocorreram normalmente. De acordo com o funcionário, o detento foi encaminhado ao pavilhão disciplinar e provavelmente nesta segunda-feira (18) encaminhado para a tranca na penitenciária I de Presidente Venceslau.
O ASP disse que tentou fazer boletim de ocorrência na Delegacia de Marabá, mas não foi possível. Segundo ele, a escrivã disse que o boletim somente poderá ser feito após o envio do “comunicado de eventos” pela unidade.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a população prisional da unidade de Marabá tem capacidade para 844 detentos, mas a população atual é de 1588, praticamente o dobro da capacidade.
O presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, encaminhou ofício ao coordenador das unidades prisionais da região Oeste do Estado (Croeste), Roberto Medina, pedindo a automatização com urgência da unidade.
A automatização das unidades prisionais foi uma conquista do Sindasp-SP junto ao governo em 2012 e tem como principal objetivo evitar o contato físico entre agentes penitenciários e detentos. A automatização é um processo mecânico que possibilita a abertura e a tranca das portas das celas à distância, através de um painel eletrônico.