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Mais um agente penitenciário é assassinado

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Mais um agente de segurança penitenciária foi assassinado quando voltava do trabalho de moto. Tiago Nunes Santos Silva tinha 27 anos, trabalhava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande e, de acordo com a perícia, foi assassinado com pelo menos 10 tiros na noite da última sexta-feira (9), em Praia Grande. O corpo do servidor foi sepultado na tarde de sábado (10), no cemitério Morada da Grande Planície.

 

O servidor vinha recebendo ameaças e usava colete à prova de balas, no entanto, a proteção não foi suficiente e quatro tiros acabaram atingindo o agente penitenciário. Nos últimos dois anos, Tiago foi o terceiro agente penitenciário assassinato somente naquela região e todos exerciam suas funções no CDP de Praia Grande.

 

 

O Diretor da Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Aldo Galiano, acredita que a morte de Tiago não tenha envolvimento com os outros dois assassinatos. “Os dois primeiros casos foram na época dos atentados das facções criminosas”, disse Galiano. De acordo com o diretor, tudo indica que deve se tratar de um caso de roubo da motocicleta. Galiano aponta porém resta uma dúvida a ser esclarecida, visto que a munição utilizada foi de uma pistola .40, normalmente usada por policiais.

 

“O tipo de pessoa que eles lidam é extremamente complicado. É uma profissão de risco, então a gente tem que se acostumar a isso. Mas para eles é um pouco mais complicado. Nós tivemos a saída de 16.600 presos e ocorreram esses fatos. […] A polícia não descarta nada. Nós não temos a pretensão de dizer não foram marginais, não foram membros de facções criminosas. A tendência, a investigação parece ser mais um assalto, mas não descartamos hipóteses nenhuma”, declarou o delegado.

 

 

“Eu acho um absurdo é essa saída desses presos, que fatalmente seriam de Praia Grande, conheceriam ele do presídio e se tivesse algum contato, se encontrasse ele na rua, ele poderia fatalmente sofrer um atentado, que a gente não descarta que possa ter acontecido. O absurdo é essa medida de saída de 16.600 presos do Estado, quando eles saem com dívidas de família, algumas coisas para quitar, então eles saem para fazer crime. Dificilmente algum não pratica um crime, fica certinho, vai visitar o pai, volta para a cadeia”, disse Galiano. “Só com a mudança das leis os crime poderiam diminuir”, finalizou o delegado.

 

SINDICATO: o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, lamentou a morte de mais um agente penitenciário e ressaltou que inclusive solicitou ao secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, que cobrasse maior empenho da polícia no sentido de que todos os casos de assassinatos de agentes penitenciários sejam devidamente esclarecidos e não apenas uma minoria. Grandolfo destacou ainda que o Sindasp-SP não acredita na versão de assalto, mas tem a convicção de que trata-se de mais um caso assassinato por facções criminosas.

 

MANIFESTAÇÃO: os agentes penitenciários do CDP de Praia Grande preparam uma manifestação passiva no sentido de que alguma atitude seja tomada para por fim aos frequentes assassinatos na região. Uma reunião ocorre neste momento em Praia Grande e assim que surgirem novas informações a reportagem será atualizada.

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