No período de 1º de janeiro de 2011 a 31 de julho de 2015, a Secretaria da Administração Penitenciária incluiu em suas unidades penais de todo o Estado, 497.393 presos. Somente nos primeiros sete meses de 2015, foram incluídas 65.617 pessoas presas no sistema penitenciário paulista, o que representa inclusão média mensal na ordem de 9.373 presos ou inclusão média diária de 312 presos. Diante desses números, a Secretaria quis saber qual o perfil dos presos que estavam recolhidos nas prisões de São Paulo. Até então, jamais tinha sido realizado um levantamento com foco no crime predominante.
Realizou-se uma análise exaustiva e detalhada, prontuário por prontuário, para se saber qual crime foi o principal responsável por levar cada indivíduo ao encarceramento. Para tanto, foram analisados 221.636 prontuários em todo o Estado. A realização da pesquisa é de suma importância para nortear as ações da Secretaria em relação à distribuição da população carcerária.
MULHER PRESA
Por exemplo, a questão da mulher presa. ‘Sabíamos que a maioria estava presa por tráfico de drogas, mas agora temos um quantitativo que nos dá uma dimensão global – mais de 70% delas foram presas por estar envolvida na traficância. Entre os homens, esse percentual é de 37%. No total, os estabelecimentos prisionais do Estado abrigam 38,96% de condenados nessa modalidade criminal. Em segundo e terceiro lugares na contagem geral, aparecem os delitos de roubo e furto, com 34,97% e 8,49%, respectivamente. Crimes de homicídio vêm logo em seguida, ocupando a quarta colocação, com 7,3%’, diz o relatório.
No comparativo entre os sexos, os homens mataram mais do que as mulheres: são 7, 10% contra 6%. Esta é a primeira vez que a SAP apresenta uma estatística tão detalhada que faz a analogia entre presos em cumprimento de pena e os crimes que os levaram à prisão. O levantamento tem como base, o dia 18 de junho deste ano e é um importante documento, que serve de parâmetro para análises mais aprofundadas da atual situação do sistema prisional paulista.
