Deputados deverão visitar São Paulo para avaliar onda de violência

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Deputados da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado devem ir a São Paulo na próxima semana, para acompanhar as medidas que estão sendo tomadas pelo governo do estado em conjunto com o governo federal para conter a escalada da violência na região metropolitana de São Paulo. Apenas no último fim de semana, foram 31 pessoas mortas. A maior parte dos casos tem autoria desconhecida. Outros ocorreram em trocas de tiros com policiais ou em confronto com PMs à paisana.

 

Nesta terça-feira (13), a Comissão de Segurança realizou audiência pública para discutir a situação de São Paulo. Dos 11 convidados para o debate, a maioria da área de segurança do Estado, apenas um compareceu. 

 

Ministro

 

Por causa das ausências, o presidente da Comissão de Segurança, deputado Efraim Filho (DEM-PB), decidiu visitar o estado. Segundo ele, um grupo de trabalho da comissão irá à capital paulista na próxima semana. “Não para ouvir o release oficial, nem a posição de gabinete das autoridades, mas para ir aos batalhões, conversar com as polícias, para ir às comunidades aonde estão sendo feitas ações de polícia pacificadora, para tentar retomar o controle de determinadas comunidades”, relatou. 

Ainda de acordo com Efraim, a comissão poderá também convocar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para explicar as ações que vem sendo tomadas. 

O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) foi um dos autores do pedido para a realização do debate. Ele manifestou sua indignação com as ausências dos convidados. “Não é só uma falta de respeito com o Parlamento brasileiro, é uma falta de respeito com o povo brasileiro, em especial com o povo de São Paulo, que sofre, nesse exato momento, a escalada de violência e não tem nenhuma resposta efetiva dos gestores do estado de São Paulo”, disse

 

Guerrilha

 

O único debatedor presente à audiência, coronel reformado Elias Miller, chamou de “guerrilha urbana” a escalada da violência em São Paulo. Ele representa a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais. 
 

Segundo Miller, “guerrilha é, uma associação organizada, que se estrutura e toma o local e começa a fazer incursões contra o Estado legalmente instituído”. O coronel explica que esses ataques são feitos com a prática de “homicídios e atos de terror”. “À medida que eu mato um policial ou uma dezena de policiais, eu estou querendo causar um terror na população para poder manter a minha posição enquanto organização criminosa”, explica.

 

Elias Miller afirmou ainda que o controle da situação passa justamente pela ação conjunta do governo federal e do governo de São Paulo.

 

Acordo

 

Os primeiros passos dessa união foram dados na semana passada, com um acordo para a criação de uma agência integrada de inteligência. Também ficou decida a remoção de chefes criminosos dos presídios paulistas para presídios federais, e houve compromisso de maior vigilância nas fronteiras do País, para impedir a entrada de armas e drogas.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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