Ligações ao 181 mostra que região denuncia crimes

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Total de 1,6 mil ligações ao 181 mostra que região denuncia crimes

Municípios são responsáveis por mais de um quinto dos 7,5 mil chamados no RS no primeiro semestre.
Marcos Jorge/Da Redação

Somente no primeiro semestre deste ano, moradores de 30 municípios dos vales do Sinos, Caí e Paranhana, e das regiões das Hortênsias e litoral norte foram responsáveis por 1,6 mil ou 22% das ligações feitas ao Disque-Denúncia, da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado. O número representa mais de um quinto dos 7,5 mil chamados no Rio Grande do Sul. O serviço é oferecido gratuitamente pelo telefone 181 e oportuniza a qualquer cidadão denunciar de forma anônima a suspeita sobre todo tipo de crime que ainda pode acontecer ou repassar detalhes sobre delitos já consumados.

Entre as 208 cidades do Estado que utilizaram o serviço este ano, Porto Alegre está em primeiro lugar, com 2.905 ligações no primeiro semestre, seguida de Canoas, com 474 telefonemas. O ranking das dez que mais fizeram uso do 181 nos seis primeiros meses do ano é composto ainda por Novo Hamburgo, em sexto lugar, com 289 chamados, e São Leopoldo, em oitavo, com 256. Juntas, Canoas e Novo Hamburgo representam 10% da demanda.

Ocorrências

Desde janeiro, as denúncias sobre tráfico e consumo de entorpecentes lideram o ranking de chamados ao Disque-Denúncia. No acumulado do ano, foram 3.879 ligações realizadas em todo o Rio Grande do Sul. Em segundo lugar, aparecem as denúncias sobre existências de máquinas caça-níqueis, com 1.574 ocorrências. Depois disso, foram 296 relatos que apontavam a localização de foragidos.

Conforme o balanço feito pelo Departamento de Inteligência de Segurança Pública (Disp), o número de chamados sobre maus tratos a crianças e adolescentes também é alto. No total, desde 1.º de janeiro foram 160 ligações. Próximo a este número estão os 147 registros de maus tratos a idosos. Por meio do 181, também já foram apuradas este ano 138 denúncias de localização de desmanches de veículos e 128 de suspeitos de envolvimentos em casos de homicídios.

Serviço rendeu ao Deic a maior apreensão do ano

Foi com base em uma informação para o Disque-Denúncia que a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) chegou no último fim de semana a dois endereços de oficinas clandestinas de desmanches de veículos em Sapucaia do Sul e Gravataí, ambas na RS-118, localizadas a dois quilômetros uma da outra. Segundo o titular da delegacia especializada, Heliomar Athaydes Franco, a informação foi recebida 15 dias antes e originou uma operação que não obteve os resultados esperados.

No dia 1.º deste mês, um novo contato feito anonimamente indicou que o local permanecia em atividade. A nova denúncia foi valiosa, segundo o delegado, porque resultou na apreensão de 17 caminhões e duas caminhonetes e na prisão de um suspeito. Segundo Heliomar, essa foi a maior apreensão feita este ano. ‘Temos tido bons resultados no desbaratamento de quadrilhas com as informações anônimas que nos são repassadas. Muitos ainda usam para prejudicar ou causar intrigas com terceiros, mas se pelo menos uma ligação resultar positivamente, com certeza isso é importante para nós.’

Agentes apuram e filtram informações

O diretor do Departamento de Inteligência de Segurança Pública (Disp), delegado João Carlos da Luz Diogo, explica que, quando o policial recebe a ligação, ele é orientado a interagir com o comunicante para obter o maior número de informações. ‘O denunciante é orientado a descrever o fato, a identificação do denunciado, nome ou apelido, a descrição física e o local específico do delito, ou ainda a cidade, rua e bairro onde o suspeito pode ser encontrado, além de outros pormenores’, conta Diogo.

A partir desses detalhes minuciosos, o agente inicia um trabalho de filtragem de informações até que sejam repassadas para a Brigada Militar, Polícia Civil ou até Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), quando há casos de rebeliões em presídios, por exemplo. ‘Por isso, às vezes demora e não é um serviço de urgência, pois para isso tem o número 190, que atende fatos que estão acontecendo. É uma ferramenta que mantém canal de comunicação aberto entre a comunidade e a Polícia, incentivando a participação social e o combate à criminalidade e à violência. Sem essa vantagem, muitos crimes e autorias seriam desconhecidas pela comunidade’, ressalta o diretor do Disp.

Casos de tráfico podem ser levados ao Denarc

Em casos de combate ao tráfico de entorpecentes, além de receber informações privilegiadas por meio do 181, o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) disponibiliza ainda o telefone 0800-518-518, que também atende gratuitamente e preserva a identidade de quem repassa informações.

Segundo o diretor do Denarc, delegado João Bancolini, para o atendimento existem dois policiais que são treinados a apurar o maior número de informações repassadas pelo denunciante, e o serviço pode ser usado 24 horas por dia. ‘Não que o 181 não seja eficaz, mas o 0800 é a forma mais rápida de se ter uma resposta, pois é direto conosco e as informações têm nos levado a elucidar os delitos e desmanchar muitas quadrilhas de traficantes’, destaca o delegado, lembrando que a média diária de ligações é de 12 a 13, totalizando um acumulado no ano de 2,7 mil denúncias.

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Fonte: Diário de Canoas
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